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A conselheira dos Estados Unidos Condoleezza Rice reuniu-se com autoridades palestinas neste sábado, dia 28, para discutir como implementar um plano de paz reforçado por possibilidades de uma retirada das tropas israelenses e uma trégua de militantes.
O plano de paz apoiado pelos EUA foi prejudicado por uma onda de violência desde que foi firmado, em um encontro em 4 de junho, pelo presidente norte-americano George W. Bush, o primeiro-ministro israelense Ariel Sharon e o primeiro-ministro palestino Mahmoud Abbas. Nos últimos dias, no entanto, os grupos militantes palestinos Jihad Islâmica e Hamas concordaram a princípio em uma trégua de três meses, contanto que Israel suspenda as operações de caçada e extermínio de militantes e atenda outras condições.
Além disso, Israel concordou com a Autoridade Palestina, em negociações mediadas pelos EUA na sexta-feira, em retirar suas tropas da Faixa de Gaza e Belém, na Cisjordânia. Os detalhes e o prazo ainda precisam ser definidos.
Rice iniciou sua visita à região ao se encontrar com Abbas e outros representantes da Autoridade Palestina em Jericó. Ela deve reunir-se com Sharon e ministros israelenses no domingo. Os diálogos vão pôr à prova a forma como Israel e palestinos podem implementar o plano de paz, um dos muitos esforços para dar um fim à violência no levante palestino de 33 meses contra a ocupação israelense.
Um representante palestino nas negociações em um hotel de Jericó disse que eles discutiram o acordo de desligamento e a posição da Autoridade Palestina nas conversas de trégua.
– Ela está aqui para garantir que os palestinos cumpram com seus compromissos com o plano de paz.
A autoridade sênior do ministério de Relações Exteriores de Israel, Gideon Meir, afirmou que as negociações de domingo vão tratar sobre a redisposição das tropas israelenses, assim como as garantias palestinas de assumir as rédeas da segurança.
– Acredito que vamos discutir toda a questão da implementação do plano de paz: o acordo de segurança com os palestinos e o fato de que a guerra contra a infra-estrutura do terror é fundamental – disse Meir.
Israel vê Rice como uma das principais autoridades em Washington que apóiam o país, enquanto a conselheira de segurança nacional dos EUA terá o papel de pressionar Abbas para desmantelar grupos militantes. Autoridades palestinas informaram que o confronto poderia dar início a uma guerra civil.
Uma fonte palestina afirmou que a chave para o acordo de cessar-fogo é a promessa dos EUA de pressionar Israel a suspender a caça aos militantes. Uma fonte sênior israelense disse, no entanto, que Israel não irá seguir as condições dos grupos palestinos para a trégua. Segundo ele, negociação será apenas com a Autoridade Palestina.
Hamas, Jihad Islâmica e Brigadas Mártires al-Aqsa participam de negociações patrocinadas pelo Egito. Elas têm como objetivo dar fim ao conflito.
– Concordamos por princípio aceitar a trégua condicional de três meses e ela está em processo de ser finalizada – disse o líder da Jihad Islâmica, Mohammed al-Hindi, à Reuters. Ele afirmou que espera um acordo em 24 horas.
Apenas um grupo radical informou que não obedecerá ao cessar-fogo.
– Não concordamos com a suspensão da resistência contra a ocupação israelense – disse Jamil al-Majdalawi, membro sênior da Frente Popular para a Libertação da Palestina.
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